sexta-feira, 16 de julho de 2010

Olhou para o celular, ainda era cedo, não estava em seu horário, mas alguma coisa dizia que excepcionalmente aquele dia teria de saltar da cama naquele horário. Era como se uma voz imperativa dentro dela a estivesse mandando. Respeitando a tal voz saltou da cama de subito, correu para vestir algo, vestiu-se como se estivesse atrasada, pegou uma fruta qualquer que encontrava-se em cima da mesa da cozinha e saiu batendo a porta. Chegou a estação, passou a catraca. Pronto, o momento de êxtase pelo qual a voz lhe falara, o momento que faria o dia valer a pena. Durante aquele curto espaço de tempo, enquanto um dos metrôs começava a parar, encontrava-se estática, ao fitar alguém que estava descendo do mesmo. Observou todos os delicados movimentos daquela criatura, e assim, após aquele momento extremo de êxtase. Pode respirar novamente e seguir seu caminho, sem olhar para trás. De alguma forma, aquela pessoa que agora não passava de uma estranha, alguém que ela nem se quer conhecia tampouco compartilhava de algo, fora o grande amor de sua vida algum dia...


vai entender.